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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Revolução Farroupilha.

Revolução Farroupilha

Revolução Farroupilha, também é chamada de Guerra dos Farrapos ou Decênio Heróico ( 1835 - 1845), eclodiu no Rio Grande do Sul e configurou-se, na mais longa revolta brasileira. Durou 10 anos e foi liderada pela classe dominante gaúcha, formada por fazendeiros de gado, que usou as camadas pobres da população como massa de apoio no processo de luta.

Causas

O Rio Grande do Sul foi palco das disputas entre portugueses e espanhóis desde o século XVII. Na idéia dos líderes locais, o fim dos conflitos deveria inspirar o governo central a incentivar o crescimento econômico do sul, como pagamento às gerações de famílias que se voltaram para a defesa do país desde há muito tempo. Mas não foi isso que ocorreu.

A partir de 1821 o governo central passou a impor a cobrança de taxas pesadas sobre os produtos rio-grandenses, como charque, erva-mate, couros, sebo, graxa, etc.

No início da década de 30, o governo aliou a cobrança de uma taxa extorsiva sobre o charque gaúcho a incentivos para a importação do importado do Prata.

Ao mesmo tempo aumentou a taxa de importação do sal, insumo básico para a fabricação do produto. Além do mais, se as tropas que lutavam nas guerras eram gaúchas, seus comandantes vinham do centro do país. Tudo isso causou grande revolta na elite rio-grandense.

A revolta

Carga de cavalaria Farroupilha, acervo do Museu Júlio de Castilhos.

Em 20 de setembro de 1835, os rebeldes tomam Porto Alegre, obrigando o presidente da província, Fernandes Braga, a fugir para Rio Grande. Bento Gonçalves, que planejou o ataque, empossou no cargo o vice, Marciano Ribeiro. O governo imperial nomeou José de Araújo Ribeiro para o lugar de Fernandes Braga, mas este nome não agradou os farroupilhas (o principal objetivo da revolta era a nomeação de um presidente que defendesse os interesses rio-grandenses), e estes decidiram prorrogar o mandato de Marciano Ribeiro até 9 de dezembro. Araújo Ribeiro, então, decidiu partir para Rio Grande e tomou posse no Conselho Municipal da cidade portuária. Bento Manoel, um dos líderes do 20 de setembro, decidiu apoiá-lo e rompeu com os farroupilhas.

Bento Gonçalves então decidiu conciliar. Convidou Araújo Ribeiro a tomar posse em Porto Alegre, mas este recusou. Com a ajuda de Bento Manoel, Araújo conseguiu a adesão de outros líderes militares, como Osório. Em 3 de março de 36, o governo ordena a transferência das repartições para Rio Grande: é o sinal da ruptura. Em represália, os farroupilhas prendem em Pelotas o conceituado major Manuel Marques de Souza, levando-o para Porto Alegre e confinando-o no navio-prisão Presiganga, ancorado no Guaíba.

Os imperiais passaram a planejar a retomada de Porto Alegre, o que ocorreu em 15 de julho. O tenente Henrique Mosye, preso no 8º BC, em Porto Alegre, subornou a guarda e libertou 30 soldados. Este grupo tomou importantes pontos da cidade e libertou Marques de Souza e outros oficiais presos no Presiganga. Marciano Ribeiro foi preso e em seu lugar foi posto o marechal João de Deus Menna Barreto. Bento Gonçalves tentou reconquistar a cidade duas semanas depois, mas foi batido. Entre 1836 e 1840 Porto Alegre sofreu 1.283 dias de sítio, mas nunca mais os farrapos conseguiriam tomá-la.

Em 9 de setembro de 1836 os farrapos, comandados pelo General Netto, impuseram uma violenta derrota ao coronel João da Silva Tavares no Arroio Seival, próximo a Bagé. Empolgados pela grande vitória, os chefes farrapos no local decidiram, em virtude do impasse político em que o conflito havia chegado, pela proclamação da República Rio-Grandense. O movimento deixava de ter um caráter corretivo e passava ao nível separatista.


Revolução Farroupilha

Revolução Farroupilha, também é chamada de Guerra dos Farrapos ou Decênio Heróico ( 1835 - 1845), eclodiu no Rio Grande do Sul e configurou-se, na mais longa revolta brasileira. Durou 10 anos e foi liderada pela classe dominante gaúcha, formada por fazendeiros de gado, que usou as camadas pobres da população como massa de apoio no processo de luta.

Causas

O Rio Grande do Sul foi palco das disputas entre portugueses e espanhóis desde o século XVII. Na idéia dos líderes locais, o fim dos conflitos deveria inspirar o governo central a incentivar o crescimento econômico do sul, como pagamento às gerações de famílias que se voltaram para a defesa do país desde há muito tempo. Mas não foi isso que ocorreu.

A partir de 1821 o governo central passou a impor a cobrança de taxas pesadas sobre os produtos rio-grandenses, como charque, erva-mate, couros, sebo, graxa, etc.

No início da década de 30, o governo aliou a cobrança de uma taxa extorsiva sobre o charque gaúcho a incentivos para a importação do importado do Prata.

Ao mesmo tempo aumentou a taxa de importação do sal, insumo básico para a fabricação do produto. Além do mais, se as tropas que lutavam nas guerras eram gaúchas, seus comandantes vinham do centro do país. Tudo isso causou grande revolta na elite rio-grandense.

A revolta

Carga de cavalaria Farroupilha, acervo do Museu Júlio de Castilhos.

Em 20 de setembro de 1835, os rebeldes tomam Porto Alegre, obrigando o presidente da província, Fernandes Braga, a fugir para Rio Grande. Bento Gonçalves, que planejou o ataque, empossou no cargo o vice, Marciano Ribeiro. O governo imperial nomeou José de Araújo Ribeiro para o lugar de Fernandes Braga, mas este nome não agradou os farroupilhas (o principal objetivo da revolta era a nomeação de um presidente que defendesse os interesses rio-grandenses), e estes decidiram prorrogar o mandato de Marciano Ribeiro até 9 de dezembro. Araújo Ribeiro, então, decidiu partir para Rio Grande e tomou posse no Conselho Municipal da cidade portuária. Bento Manoel, um dos líderes do 20 de setembro, decidiu apoiá-lo e rompeu com os farroupilhas.

Bento Gonçalves então decidiu conciliar. Convidou Araújo Ribeiro a tomar posse em Porto Alegre, mas este recusou. Com a ajuda de Bento Manoel, Araújo conseguiu a adesão de outros líderes militares, como Osório. Em 3 de março de 36, o governo ordena a transferência das repartições para Rio Grande: é o sinal da ruptura. Em represália, os farroupilhas prendem em Pelotas o conceituado major Manuel Marques de Souza, levando-o para Porto Alegre e confinando-o no navio-prisão Presiganga, ancorado no Guaíba.

Os imperiais passaram a planejar a retomada de Porto Alegre, o que ocorreu em 15 de julho. O tenente Henrique Mosye, preso no 8º BC, em Porto Alegre, subornou a guarda e libertou 30 soldados. Este grupo tomou importantes pontos da cidade e libertou Marques de Souza e outros oficiais presos no Presiganga. Marciano Ribeiro foi preso e em seu lugar foi posto o marechal João de Deus Menna Barreto. Bento Gonçalves tentou reconquistar a cidade duas semanas depois, mas foi batido. Entre 1836 e 1840 Porto Alegre sofreu 1.283 dias de sítio, mas nunca mais os farrapos conseguiriam tomá-la.

Em 9 de setembro de 1836 os farrapos, comandados pelo General Netto, impuseram uma violenta derrota ao coronel João da Silva Tavares no Arroio Seival, próximo a Bagé. Empolgados pela grande vitória, os chefes farrapos no local decidiram, em virtude do impasse político em que o conflito havia chegado, pela proclamação da República Rio-Grandense. O movimento deixava de ter um caráter corretivo e passava ao nível separatista.





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Indumentária tradicional Gaúcha.

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Pilcha

Gaucho pilchado no Desfile Farroupilha.

Pilcha é a indumentária tradicional dacultura gaúcha, utilizada por homens e mulheres de todas as idades. Tanto noRio Grande do Sul[1] quanto em Santa Catarina[2] é considerada por lei, traje de honra e de uso preferencial inclusive em atos oficiais públicos, desde que se observe as recomendações ditadas pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho(MTG). É a expressão da tradição, da cultura e da identidade própria dogaúcho, motivo de grande alegria e celebração em memória do pago.

História

A IndumentáriaEditar

O MTG, reunido na 67ª Convenção Tradicionalista Gaúcha definiu as diretrizes para a Pilcha Gaúcha. Define três tipos de indumentária igualmente para peões e prendas:

Pilcha para atividades artísticas e sociaisPilcha CampeiraPilcha para a prática de esportes (truco, bocha campeira, tava, etc)Pilcha masculinaEditarBombachaCalça de origem turca, usada pelos pobres na Guerra do Paraguai. São largas na Fronteira, médias no Planalto e estreitas na Serra, quase sempre com "favos de mel". Necessariamente de cós largo, sem alças para a cinta e com dois bolsos grandes nas laterais. Em ocasiões festivas tem cores claras, sóbrias e escuras para viagens ou trabalho.CamisaCores sóbrias ou claras, com padrão liso ou riscado discreto com gola esporte ou social. Mangas curtas para ocasiões informais ou de lazer e longas para eventos sociais-formais.LençoAtado ao pescoço, de uma ou duas cores ou xadrez miúdo e mesclado. Na cor vermelha, branca, azul, amarelo, encarnado, preto (para luto) e bege. Xadrez de branco e preto é para luto aliviado.Existem diversos tipos diferentes de nó:Comum: Simples e ximangoFarroupilha: Três-galhos, amizade, saco-de-touroPachola: 2 posições - destro e canhotoRepublicano: Borboleta e dois-topesQuadrado: Quatro-cantos, rapadura e maragatoNamorado: 3 posições - Livre, querendão e apaixonadoPalaDiferentemente do poncho, cuja origem é gauchesca e que serve para proteger apenas do frio e da chuva, o pala tem origem indígena e serve para proteger contra o frio, sendo de lã ou algodão, e de seda para proteger contra o calor.BotaO uso de botas brancas é vedado.Guaiaca (espécie de cinto)Para guardar moedas, palhas e fumo, cédulas, relógio e até pistola.Esporas"Chilenas" ou "nazarenas" de prata ou de outro metal.TiradorPara lida campeira, sem enfeites.ColeteChapéu e barbicachoUsados como proteção contra o sol. Não é recomendado o uso do chapéu em lugares fechados, como no interior de um galpão.PaletóFaixaTira de pano, preferencialmente de lã, usada na cintura com o propósito de prender a bombacha.Pilcha femininaEditar

Procura não contrastar com o recato da mulher gaúcha, havendo recomendações quanto a mangas, decotes, golas, cabelos, maquiagens, etc.

VestidoVestido, saia e casaquinho, de uma ou duas peças, com a barra da saia no peito do pé. Pode ser godê, meio-godê, em panos, em babados, ou evasês.Saia de armaçãoDiscreta e leve, na cor branca, diferentemente da indumentária típica baiana.BombachinhaCiroulas na cor branca, de comprimento até os joelhos. Pode ser rendada ou não.MeiasAs meias devem ser longas, brancas ou beges, para moças e senhoras, admitindo-se as coloridas discretas para as gurias (mirins). As mais maduras podem usar meias de tonalidades escuras.SapatosOs sapatos (pretos, brancos ou beges) podem ter salto 5 ou meio salto com tira sobre o peito do pé, que abotoe do lado de fora, para moças e senhoras. As gurias (mirins) usarão sapatos com tira sobre o pé, tipo sapatilha. Também podem ser usadas botinhas fechadas atendendo às respectivas descrições.AcessóriosPermitidos - Fichu de seda com franjas ou de crochê, preso com broche ou camafeu, xale (especialmente para as senhoras), brincos discretos, anéis (um ou dois), camafeu ou broche, capa de lã ou seda, leque, faixa de prenda ou crachá, chapéu (em ambientes abertos).Não permitidos - Brincos de plástico ou similar colorido, relógios e pulseiras, luvas ou meia-luvas e colares. Sombras, batons ou unhas coloridas em excesso, sapatilhas amarradas nas pernas, saias de armação com estruturas rígidas.CabeloO cabelo é solto ou semi-preso , para as prendas mirins e também juvenis mas, e para prendas adultas pode-se usar coque.Da mesma forma que existe para o peão há para as prendas a pilcha para lida campeira e para prática de esportes, sendo semelhante à masculina, inclusive com bombacha (bombacha feminina). Na verdade, porém, não há bombachas de mulher já que, tradicional e historicamente, mulheres nunca usaram roupas (calças) de homens nos campos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina ou doUruguai, Paraguai e Argentina. Seria tão ridículo quanto um gaúcho, um homem, - em especial um que pretende preservar e divulgar as tradições, o que, na verdade as negaria mais do que não usar roupa tradicionalista alguma - querer ou usar, mesmo, de fato, um vestido de prenda, numa festa, com seus longos bigodes e lença no pescoço.É vedado para todas as situações, por não fazer parte da indumentária gaúchaBarbicachos exclusivamente de metalChapéus de couro, palha, ou qualquer outro material sintéticoCinto com rastra (enfeite de metal com corrente na parte frontal)Botas de borracha ou de lona




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O Chimarrão é o legado.

 

O Chimarrão é um legado do índio Guarani.
Sempre presente no dia-a-dia, o chimarrão constituiu-se na bebida típica do Rio Grande do Sul, ou seja, na tradição representativa do nosso pago. Também conhecido como mate amargo, como bebida preferida pelo gaúcho, constitui-se no símbolo da hospitalidade e da amizade do gaúcho. É o mate cevado sem açúcar, preparado em uma cuia e sorvido através de uma bomba. É a bebida proveniente da infusão da erva-mate, planta nativa das matas sul-americanas, inclusive no Rio Grande do Sul. 

O homem branco, ao chegar no pago gaúcho, encontrou o índio guarani tomando o CAA, em porongo, sorvendo o CAÁ-Y, através do TACUAPI. 

Podemos dizer, que o chimarrão é a inspiração do aconchego, é o espírito democrático, é o costume que, de mão – em - mão, mantém acesa a chama da tradição e do afeto, que habita os ranchos, os galpões dos mais longínquos rincões do pago do sul, chegando a ser o maior veículo de comunicação. 

O mate é a voz quíchua, que designa a cuia, isto é, o recipiente para a infusão do mate. Atualmente, por extensão passou a designar o conjunto da cuia, erva-mate e bomba, isto é, o mate pronto. 

O homem do campo passou o hábito para a cidade, até consagrá-lo regional. O Chimarrão é um hábito, uma tradição, uma espécie de resistência cultural espontânea. 

Os avios ou os apetrechos do mate constituem o conjunto de utensílios usados para fazer o mate. Os avios do mate são fundamentalmente a cuia e a bomba. 

A CUIA NOVA

Quando a cuia é nova, é necessário curti-la antes de começar a matear. Para tal, é necessário enchê-la de erva-mate pura ou ainda misturada com cinza vegetal e água quente, que deve permanecer de dois a três dias, mantendo a umidade, para que fique bem curtida, impregnando o gosto da erva em suas paredes. O uso da cinza é para dar maior resistência ao porongo. Após o tempo determinado, retira-se a erva da cuia e, com uma colher, raspa-se bem o porongo, para retirar alguns baraços que tenham ficado. 

VOCABULÁRIO

Caá-y = bebida do mate = chimarrão
Tacuapi= bomba primitiva, feita de taquara pelos índios guaranis. 

O MATE E A SUA INTIMIDADE

O ato de preparar um mate diz-se: “cevar um mate” ou “fechar um mate”, ou “fazer um mate” ou ainda ”enfrenar um mate”. A palavra amargo é muito usada em lugar de mate ou chimarrão. O convite para tomar um mate é feito das seguintes formas:

Vamos matear?
Vamos gervear?
Vamos chimarrear?
Vamos verdear?
Vamos amarguear?
Vamos apertar um mate?
Vamos tomar um chimarrão?
Vamos tomar mate ou um mate
Que tal um mate?

A COMPANHIA

O MATE PODE SER TOMADO DE TRÊS MANEIRAS:

MATE SOLITO : quando não precisa de estímulo maior para matear, a não ser a sua própria vontade. É o verdadeiro mateador.
MATE DE PARCERIA: quando se espera por um ou mais companheiros para matear a fim de motivar o mate, pois não gosta de matear sozinho.
RODA DE MATE: é na roda de mate, que esta tradição assume seu apogeu, agrupando pessoas sem distinção de raça, credo, cor ou posse material. Irmanados num clima de respeito, o mate integra gerações numa trança de usos e costumes, que floresce na intimidade gaúcha. 

CHIMARRÃO É RICO EM POESIA

Antigamente, Quando os namoros eram de longe, através de troca de olhares, os apaixonados utilizavam o mate como meio de comunicação e, de acordo com o que era posto na cuia, a mensagem era recebida e interpretada. Ao longo de sua história, o chimarrão é utilizado como veículo sutil de comunicação com objetivos sentimentais. 

Atualmente, os costumes mudaram, mas o hábito do chimarrão permanece cada vez mais forte, caracterizando o povo gaúcho. 

SIGNIFICADO DOS MATES

Mate com açúcar: quero a tua amizade
Mate com açúcar queimado: és simpático
Mate com canela: só penso em ti
Mate com casca de laranja: vem buscar-me
Mate com mel: quero casar contigo
Mate frio: desprezo-te
Mate lavado: vai tomar mate em outra casa
Mate enchido pelo bico da bomba: vás embora
Mate muito amargo (redomão): chegaste tarde, já tenho outro amor
Mate com sal: não apareças mais aqui
Mate muito longo: a erva está acabando
Mate curto: pode prosear a vontade
Mate servido com a mão esquerda: você não é bem vindo
Mate doce: simpatia

A LENDA DA ERVA MATE

Contam que um guerreiro guarani, que pela velhice não podia mais sair para as guerras, nem para a caça e pesca, porque suas pernas trôpegas não mais o levavam, vivia triste em sua cabana. Era cuidado por sua filha, uma bela índia chamada Yari, que o tratava com imenso carinho, conservando - se solteira, para melhor se dedicar ao pai. 
Um dia, o velho guerreiro e sua filha receberam a visita de um viajante, que foi muito bem tratado por eles. À noite, a bela jovem cantou um canto suave e triste para que o visitante adormecesse e tivesse um bom descanso e o melhor dos sonos. 
Ao amanhecer, antes de recomeçar a caminhada, o viajante confessou ser enviado de Tupã, e para retribuir o bom trato recebido, perguntou aos seus hospedeiros o que eles desejavam, e que qualquer pedido seria atendido, fosse qual fosse. 
O velho guerreiro, lembrando que a filha, por amor a ele, para melhor cuidá-lo, não se casava apesar de muito bonita e disputada pelos jovens guerreiros da tribo, pediu algo que lhe devolvesse as forças, para que Yari, livre de seu encargo afetivo, pudesse casar.
O mensageiro de Tupã entregou ao velho um galho de árvores de Caá e ensinou a preparar a infusão, que lhe devolveria as forças e o vigor, e transformou Yari em deusa dos ervais, protetora da raça guarani. 
A jovem passou a chamar-se Caá-Yari, a deusa da erva-mate, e a erva passou a ser usada por todos os componentes da tribo, que se tornaram mais fortes, valentes e alegres. 

RECIPIENTES PARA ÁGUA

CALDEIRA: recipiente grande, muito utilizada para aquecer grande quantidade de água, para diversas finalidades. é mais bojuda que o jarro, não possui tampa nem bico tubular. Os fogões à lenha possuem um recipiente chamado caldeira, que tem a mesma função da caldeira, semelhante ao jarro .
CHALEIRA GRANDE: de uso semelhante ao da caldeira. É muito encontrada nas cozinhas da campanha, nos fogões de barro e nos galpões e nos braseiros do fogo de chão. Por ser muito grande, seu manejo é incômodo.
CHALEIRA MÉDIA: Também conhecida por pava. Devido ao seu tamanho, é a mais usada, quer para aquecer a água, quanto para servir o mate.

 

CHALEIRA PRETA DE FERRO: varia muito de tamanho e forma mas é o tipo mais comum. Com o uso, chega a criar uma crosta de picumã, que não deve ser removida, pois pode furar com facilidade.
CAMBONA PRIMITIVA: estas cambonas vinham da Inglaterra, com chá-da-índia. Eram feitas de cobre e possuíam a parte de baixo arredondada e sua alça era deita de arame ou de lata. Serviam para preparar alimentos, aquecer água. Tem um refrão popular, que muito bem traduz o quanto à cambona é desajeitada, virando com muita facilidade, que é: “Cambona em cima de tição, tomarás mate ou não!”.
CAMBONA: pode ser feita de qualquer lata, pois sua finalidade é única e exclusivamente a de aquecer água, sem precisar de muito fogo. Sua confecção é simples, basta Um pedaço de arame passado várias vezes junto ao local da lata, deixando Um rabicho para pegar e está pronta a cambona. Alguns preferem improvisar um rabicho de arame na parte de cima ou uma alça de arame, prendendo em cima e em baixo da lata e ainda enfiam no rabicho ou na alça, um pedaço de osso de canela do gado, para evitar o calor ao pegar. A picumã, que adere à cambona, não deve ser retirado, pois enfraquece o recipiente.

CAMBONA PRIMITIVA

CHICOLATEIRA: A chicolateira é um recipiente usado nos fogões campeiros, para aquecer a água. Ela difere da cambona, uma vez que possui alça, tampa e um pequeno bico. É um utensílio que requer algum acabamento. È muito usada, não só nos galpões e cozinhas campeiras, como também por carreteiros e tropeiros. O termo chicolateira é uma corruptela de chocolateira. 

 

 

PARTES DO MATE

   

 

a – Topete, respiro, morrete, cerro, barranco, crista (fica à esquerda da bomba).

b – Bomba, bombilha. Se ficar a esquerda do topete, é mate de canhoto.

c – Beiço, boca.

d – Pescoço (na cuia de beiço).

e – Cuia, mate, porongo.

f – Umbigo, cabo, bico.

 

      

TIPOS DE BOMBA

   

1 - tacuapi primitivo

2 - tacuapi missioneiro

3 - bomba de mola  

      

PARTES DA BOMBA

   

1 – Bico, bocal, chupeta, boquilha.

2 – Anel, pitanga, botão de rosa, resfriador, passador.

 

3 – Haste, corpo de bomba.

 

4 – Coador, ralo, patilha, colher, bojo, coco, apartador.

      

ALGUNS DIZERES

   

"O primeiro mate é dos pintos"
Como o gaúcho atira fora os primeiros sorvos de mate, serão os pintos os aproveitadores das partículas de erva cuspidas. 

"O mate pra o estribo ou O mate do estribo"
O último mate com que se brinda um visitante, quando ele já está "com pé no estribo", ou seja, pronto para partir. 

"Como o mate do João Cardoso"
Emprega-se para designar um fato que nunca se realiza, uma promessa que nunca se cumpre. 

"Como o mate das senhoras Morais"
Idêntico significado da frase anterior. As senhoras Morais, residente na povoação de Basílio, no município de Herval, quando recebiam visitas passavam a tarde inteira perguntando se os amigos queriam mate doce ou chimarrão, com erva paraguaia ou brasileira, em cuia de porcelana ou porongo... para, no final, nada oferecerem, "Toma mais um mate. Não te vás, é cedo ainda.". 

"Aquentar a água pra outro tomar mate"
Preparar um negócio para outro pessoa colher os lucros. Emprega-se de modo especial para designar um namorado que “prepara uma moça para depois outro casar com ela... 

"Ele se encheu de erva"
Ele ganhou muito dinheiro. Talvez um vestígio do tempo em que a erva supria a ausência de moedas sonantes. 

"Nem pra erva"
No último grau de pobreza. Sem dinheiro se quer para comprar o artigo de primeiríssima necessidade quotidiana, que é a erva-mate.

     

OS DEZ MANDAMENTOS DO CHIMARRÃO

  1º - Não peças açúcar no mate.

2º - Não digas que o chimarrão é anti-higiênico.

3º - Não digas que o mate está quente demais.

4º - Não deixes um mate pela metade.

5º - Não te envergonhes do ronco do mate.

6º - Não mexas na bomba.

7º - Não alteres a ordem em que o mate é sorvido.

8º - Não durmas com a cuia na mão.

9º - Não condenes o dono da casa por tomar o primeiro mate.

10º - Não digas que o chimarrão dá câncer na garganta.





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Aprenda a fazer um churrasco Bagual!

Técnica dos pampas para churrasco

 Fazer um fidedigno churrasco gaúcho requer algumas técnicas de preparo bem específicas. A primeira e principal dica para não infringir essa lei gastronômica é nunca usar temperos que contenham limão ou vinagre, pois eles acabam enrijecendo a carne. Além disso, ao temperar, opte por colocar a carne sempre em uma vasilha de madeira ou plástico, pois o metal pode modificar o sabor da especiaria.

Utilize sal grosso à vontade, pois ele é o principal tempero para carne de churrasco. Outra boa dica é fazer o tempero algumas horas antes, para segurar mais a essência da iguaria na carne e aguçando ainda mais o sabor.

Para atear o fogo, utilize as pequenas peças que vem no saco de carvão. Caso você não tenha esse material, opte por um papel umedecido com óleo de cozinha e também com álcool, aplicando fogo no mesmo. Cubra algumas partes com carvão para que inicie o fogo. Depois disso, coloque a carne já no espeto ou na grelha, dependendo da forma de churrasco que você pretende fazer.

Deixe a carne assando com uma média de 25 cm de altura do fogo. Tome cuidado para que o fogo não encoste à carne, pois acarne assada para ficar suculenta deve ser assada apenas com o vapor do fogo.

E atraca vivente!!




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